Kashiwa Reysol na AFC Champions League


Assim como o FC Tokyo, o Kashiwa faz sua primeira participação na ACL. Mas o campeão japonês teve muito mais dificuldades contra o campeão tailandês Buriram United (que até o ano passado se chamava Buriram PEA). Tido como provável saco de pancadas num grupo que também tem os candidatos ao título Jeonbuk Motors (campeão sul-coreano) e Guangzhou Evergrande (campeão chinês), o Buriram, – que tem o imponente apelido “Thunder Castle” -, mostrou que quer ser muito mais que um mero figurante no chamado grupo da morte.
Os tailandeses abriram 2×0 ainda no primeiro tempo, com um gol de Jirawat e um golaço do uzbeque Jadigerov, que chutou colocado de fora da área e acertou o ângulo de Sugeno. O Reysol diminuiu na segunda etapa (Junya Tanaka só completou para o gol depois de um cruzamento de Ricardo Lobo, que havia entrado no intervalo) e até chegou a empatar (Sakai fez de cabeça, após falta cobrada por Leandro Domingues quase na linha de fundo), mas o Buriram fez o terceiro numa jogada bem trabalhada – Jirawat tabelou com seu companheiro e definiu a surpreendente vitória tailandesa.
Kashiwa Reysol (4-4-2): Sugeno; Sakai, Masushima, Kondo, Hashimoto; Otani (An Yong-Hak, intervalo), Barada, Leandro Domingues, Jorge Wagner; Junya Tanaka (Kudo, 21 do 2ºT) e Kitajima (Ricardo Lobo, intervalo).
Buriram United (4-1-4-1): Sivaruck; Apichet, Pratum, Ekwalla, Theerathon; Jakkraphan; Ohandza (Adisak, 43 do 2ºT), Jirawat (Surat, 36 do 2ºT), Jadigerov (Sumanya, 21 do 2ºT), Acheampong; Suchao.
O Rei Sol foi surpreendido pelo Castelo do Trovão / Nikkan Sports
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Em sua primeira partida em casa na competição continental, o Kashiwa, que perdeu na primeira rodada para o Buriram United (3×2), recebeu o Jeonbuk, que também vinha de derrota, para o Guangzhou Evergrande (5×1). Ou seja, quem perdesse ficaria com a situação bem difícil na ACL.
A partida começou equilibrada e o Jeonbuk quase marcou quando Park Won-Jae apareceu sozinho na grande área pra cabecear, mas ele acabou mandando por cima do gol de Sugeno. Apesar do equilíbrio, os sul-coreanos logo viram se repetir o vexame da primeira rodada. Na ocasião, eles sofreram três gols em menos de dez minutos na goleada para o Guangzhou, e isso se repetiu no final do primeiro tempo. Primeiro foi Nasu, que marcou de cabeça depois de um cruzamento de Jorge Wagner: 1×0. Depois foi Leandro Domingues, de pênalti: 2×0. Em seguida, mais uma vez Leandro Domingues. Hashimoto lançou do campo de defesa, Ricardo Lobo escorou de cabeça e o MVP da J-League chutou por cobertura: 3×0.
O Jeonbuk estava jogando num 3-4-3 e com Lee Dong-Gook no banco, mas voltou do intervalo no seu usual 4-2-3-1 e finalmente seu artilheiro entrou em campo. Os sul-coreanos pressionaram e marcaram seu gol logo no início, com o chinês Huang Bowen. Ambos perderam chances incríveis – inclusive, Leandro Domingues teve um pênalti defendido por Kim Jung-Woo – e os visitantes continuaram vivos na partida até os últimos minutos, quando dois contra-ataques definiram o resultado final e gols de Junya Tanaka e Barada mandaram mais um 5×1 pra conta do Jeonbuk. E a grande surpresa da rodada ainda estava por vir. O Buriram United, tido como favorito a saco de pancadas do grupo, venceu o Guangzhou Evergrande na China e é o líder da chave. Dá pra acreditar?
Kashiwa (4-4-2): Sugeno; Sakai, Nasu, Masushima, Hashimoto; Otani, Barada, Leandro Domingues, Jorge Wagner; Junya Tanaka e Ricardo Lobo.
Jeonbuk (3-4-3): Lee Bum-Soo; Choi Chul-Soon, Kim Sang-Sik, Jin Kyung-Sun; Jeon Kwang-Hwan, Huang Bowen, Jung Hoon, Park Won-Jae; Eninho, Lee Seung-Hyun e Kim Jung-Woo.
Pra variar, Leandro Domingues foi o destaque na vitória do Reysol / J.League Photos
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No principal confronto da rodada, o campeão japonês e o campeão chinês fizeram um jogo muito equilibrado no Hitachidai. As atenções estavam voltadas para a atuação de dois ex-companheiros de Fluminense em 2009: Dario Conca e Leandro Domingues.
O argentino mostrou como pode ser decisivo já no primeiro minuto, quando deixou Cleo na cara do gol e por pouco o Guangzhou não abriu o placar. A equipe chinesa mantinha a bola no campo de ataque a maior parte do tempo, mas aos poucos o Reysol foi equilibrando as ações e chegava à frente principalmente usando a combinação Leandro-Sakai pelo lado direito, apesar de não ter sido tão perigoso. O jogo ficou mais truncado no segundo tempo e ninguém conseguiu se sobressair. No final, o 0×0 foi o resultado mais justo.
Kashiwa e Guangzhou dividem o segundo lugar do grupo, com 4 pontos. O líder ainda é o tailandês Buriram United (6), que perdeu em casa por 1×0 para o sul-coreano Jeonbuk Motors (3).
 
A formação inicial: Kashima no 4-4-2 e Guangzhou no 4-2-3-1
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http://www.youtube.com/watch?v=1RaAH8tBxr4&feature=plcp
O Kashiwa já não tinha conseguido se impor em casa contra o Guangzhou na rodada passada (empatou em 0×0), e foi à China precisando de pelo menos um empate para não complicar sua situação. Mas o campeão japonês se deu mal diante do campeão chinês, principalmente pela grande atuação de Muriqui, que sofreu um pênalti no primeiro tempo e marcou dois gols decisivos no segundo.
O pênalti a favor do Guangzhou foi bem controverso, visto que Muriqui foi claramente derrubado fora da área. Porém, Watanabe era o último homem da defesa e poderia ter sido expulso, mas ficou só com o amarelo. Dario Conca cobrou bem a penalidade e abriu o placar. Os japoneses tiveram uma esperança de reação em uma falta cobrada por Leandro Domingues onde Hiroki Sakai pegou o rebote dentro da área e empatou, mas pouco depois o time da casa estava na frente novamente. Em dois contra-ataques, o atual MVP da Chinese Super League definiu a vitória e colocou os chineses no topo do grupo H, com 7 pontos. Jeonbuk Motors e Buriram United estão logo atrás com 6, enquanto o Kashiwa, com apenas 4, caiu para o último lugar.
Guangzhou (4-2-3-1): Yang Jun; Cho Won-Hee, Zheng Zhi, Feng Xiaoting, Sun Xiang; Zhang Linpeng, Qin Sheng; Gao Lin, Conca, Muriqui; Cleo.
Kashiwa (4-2-3-1): Sugeno; Sakai, Watanabe, Masushima, Fujita; Kurisawa, Otani; Barada, Leandro Domingues, Jorge Wagner; Kudo.
 
Muriqui fez dois no segundo tempo e deu a vitória ao Guangzhou / Sanspo
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O Kashiwa continua vivo na Liga dos Campeões, graças a uma vitória apertada em casa contra os tailandeses do Buriram United. Leandro Domingues marcou o gol decisivo ainda no primeiro tempo, ao passar por três adversários e chutar rasteiro, no canto do goleiro.
O Reysol chegou aos 7 pontos e subiu para terceiro no grupo, deixando o Buriram na lanterna, com 6. Mas a situação do time do técnico Nelsinho Baptista ainda é complicada. Para se classificar, é preciso nada menos que uma vitória fora de casa contra o Jeonbuk Motors na última rodada. Os atuais vice-campeões da ACL sofreram duas derrotas por 5×1 nos primeiros dois jogos, mas se recuperaram vencendo todas as partidas seguintes e agora lideram o Grupo H com 9 pontos. O Guangzhou Evergrande, campeão chinês, está em segundo, com 7 pontos e um gol de saldo a mais que o Kashiwa.
Todos os quatro participantes do grupo ainda tinham chances de se classificar, mas a situação do Kashiwa Reysol era complicada. O time do técnico Nelsinho Baptista estaria eliminado com qualquer resultado que não fosse uma vitória fora de casa contra o atual campeão coreano, vice-campeão da ACL e líder do Grupo H.
Os primeiros 45 minutos monótonos e sem nenhum time se impondo em campo foram bons para o Kashiwa; já era um grande passo não ser dominado pelo adversário. No início do segundo tempo, os visitantes aproveitaram uma bobeada da defesa sul-coreana ao não afastar uma bola e Leandro Domingues chutou cruzado, sem chances para o goleiro: 1×0. A partir daí o jogo ficou nas mãos dos campeões japoneses.
Precisando de pelo menos um empate para não depender do resultado da outra partida, o Jeonbuk foi para o ataque, deixou a defesa exposta e acabou sofrendo o segundo. Leandro recebeu de Sakai bem na frente da área, cortou para a esquerda e chutou. A goleiro rebateu, a bola bateu na trave e Junya Tanaka completou para as redes. Kudo quase fez o terceiro, mas chutou pra fora frente a frente com o goleiro. O Jeonbuk teve uma grande chance de diminuir em um pênalti, mas Lee Dong-Gook acertou a trave. No finalzinho, mais uma chance para o Reysol: Jorge Wagner chutou de fora da área e mandou no travessão.
Na outra partida do grupo, o Guangzhou Evergrande foi até a Tailândia e só venceu o Buriram graças a um pênalti convertido por Dario Conca aos 45 do segundo tempo. O curioso é que o argentino estava suspenso por nove jogos por ter criticado o técnico Lee Jang-Soo, que havia dito no dia anterior que Conca não jogaria na ACL. Mesmo assim, Conca jogou, fez o gol da classificação e Jang-Soo acabou demitido logo em seguida. Surpreendentemente, a imprensa chinesa aponta o italiano Marcelo Lippi como próximo treinador do Evergrande. O Kashiwa se classificou em segundo, enquanto Jeonbuk e Buriram foram eliminados.
 
As duas vitórias do Reysol contra o Jeonbuk na fase de grupos fizeram toda a diferença / Sanspo
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Foi um jogo aberto com os dois times atacando. A diferença é que o Kashiwa mal assustava a meta de Kim Seung-Gyu, enquanto o Ulsan sempre chegava com perigo. Os sul-coreanos exploraram à exaustão lançar a bola na área para o grandalhão Kim Shin-Wook (1,96 m) escorar de cabeça para algum companheiro. Enquanto Lee Keun-Ho corria, driblava, chutava e destruía a defesa japonesa, Shin-Wook ganhava todas no ar. O primeiro gol do Ulsan só poderia sair dessa dupla de ataque. Lee se aproveitou de um erro do adversário ao sair jogando, roubou a bola e cruzou na cabeça de Kim, que desta vez estava de frente para o gol: 1×0.
O Reysol finalmente começou a atacar com mais perigo e conseguiu o empate pouco depois, mas os coreanos não demoraram a recuperar a vantagem no placar. Os japoneses reclamaram muito que a bola não tinha entrado e que o goleiro Sugeno teria tirado em cima da linha, mas a impressão é de que a bola ultrapassou completamente a linha do gol. De qualquer forma, o jogo ficou praticamente decidido quando Keun-Ho dominou no peito na entrada da área e chutou com força no canto: 3×1. E três ainda era pouco, visto que Sugeno já tinha feito três defesas milagrosas. A um minuto do fim, Junya Tanaka diminuiu e manteve a esperança do Reysol até o final, mas não deu para os campeões da J-League. A Coreia manteve seu último representante vivo na ACL.
 
Mesmo com um gol e uma assistência de Leandro Domingues, o Kashiwa caiu nas oitavas / Nikkan Sports

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